O Sentido da Vida
 

 
  
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 O SENTIDO DA VIDA

A VIDA TEM SENTIDO?
O sentido da vida


FELICIDADE
O sentido da vida está associado a sentimentos de harmonia e felicidade; sem felicidade a vida perde sentido. A felicidade está no centro das nossas vidas e da nossa procura de sentido para a vida.

Não sei se o Universo, com as suas inumeráveis galáxias, estrelas e planetas, tem algum sentido mais profundo, mas é muito claro que nós, humanos que vivemos nesta Terra, nos defrontamos com o objectivo de uma vida feliz.
Dalai Lama, líder político e espiritual tibetano, Voices from the Heart


O propósito da nossa prática espiritual é preenchermos o nosso desejo de felicidade. Todos somos iguais no nosso desejo de sermos felizes e de ultrapassarmos o sofrimento.
Dalai Lama, líder político e espiritual tibetano, Voices from the Heart


Quando a felicidade falha, a existência torna-se uma louca e lamentável experiência.
George Santayana, 1863-1952, filósofo americano, The Life of Reason 


Não será justamente a felicidade o que todos querem, sem excepção?
S. Agostinho, 354-430, teólogo e filósofo do cristianismo, Confissões


Quando te procuro, meu Deus, estou à procura da felicidade. Procurar-te-ei para que a minha alma viva, porque o meu corpo vive da minha alma, e a minha alma vive de ti.
S. Agostinho, 354-430, teólogo e filósofo do cristianismo, Confissões


Ver também:
Felicidade
Filosofias de vida
O amor nas nossas Vidas
A amizade nas nossas Vidas



AMOR E AMIZADE

Uma vida sem amor e sem amizade é uma vida sem sentido. O sentido da vida é, em grande parte, dado pelo amor e pela amizade


A vida é semeada por esses milagres que só as pessoas que amam podem esperar.
Marcel Proust, 1871-1922, escritor francês, À Sombra das Jovens Raparigas em Flor  


Apenas há uma forma de se ser feliz na vida: amando e sendo amado.
George Sand, 1804-1876, escritor francês, Carta a Lina Calamatta


Apenas a alma que ama é feliz.
J. W. Goethe, 1749-1831, escritor alemão, Egmont


A amizade avança dançando à volta do mundo, proclamando a todos nós a necessidade de louvarmos a vida feliz.
Epicuro, 341-270 a. C., filósofo grego, Sentenças vaticanas


De todos os bens que a sabedoria nos faculta como meio de obter a nossa felicidade, o da amizade é de longe o maior.
Epicuro, 341-270 a. C., filósofo grego, Sentenças principais


Comentário
Sentido da vida e pensamento


Ver também:
Felicidade
Filosofias de vida
O amor nas nossas Vidas
A amizade nas nossas Vidas



SAGRADO, MAGIA, SONHO

A partilha do sagrado e a magia dão ao homem um mundo superior e fantástico, que pode ser fonte de felicidade e de sentido; do mesmo modo, o sonho e até o mito e a ilusão, são fonte de consolo, de esquecimento, de superação de angústia, e, portanto, nessa perspectiva, são factor de sentido para as nossas vidas


Para o homem primitivo o universo físico das rochas, árvores, rios e montes resplandecia de significado. O mundo material era considerado vivo e belo e proporcionava um palco sagrado aos seres humanos e às suas actividades.
Anne Bancroft, autora inglesa, Origens do Sagrado


A vida do homem primitivo (…) era rica e cheia de significados. Existia a possibilidade de uma experiência directa com o divino a muitos níveis, o que dava significado e impressões hoje sem sentido e triviais.
Anne Bancroft, autora inglesa, Origens do Sagrado


Religião, mitologia e magia trazem grandes Garantias e grandes Consolos, que minimizam a fortíssima angústia existencial do ser humano e temperam as suas tragédias.
E. Morin, sociólogo e filósofo francês, Método V


O mito fortifica o homem, ocultando-lhe a incompreensibilidade do seu destino e preenchendo o nada da morte.
E. Morin, sociólogo e filósofo francês, Método V


O ser humano está entregue à crueldade do mundo. Daí a necessidade de um compromisso, que se obtém mobilizando o mito para encontrar os confortos sobrenaturais, mobilizando o imaginário para nele abrigar a alma e mobilizando a estética e a poesia para viver plenamente a realidade.
E. Morin, sociólogo e filósofo francês, Método V


Ver também:
Felicidade
A vida é sonho
A vida é cruel



DEUS

Para o pensamento religioso o sentido da vida está estreitamente associado a Deus, à magia, ao sagrado.

Quando te procuro, meu Deus, estou à procura da felicidade. Procurar-te-ei para que a minha alma viva, porque o meu corpo vive da minha alma, e a minha alma vive de ti.
S. Agostinho, 354-430, teólogo e filósofo do cristianismo, Confissões


Sem Deus, o conhecimento da miséria humana é desesperante.
B. Pascal, 1623-1662, filósofo, físico e matemático francês, Pensamentos   


Sem afectividade e subjectividade, perder-se-ia o sentido da existência, e ficariam apenas leis, equações, modelos, formas.
E. Morin, sociólogo e filósofo francês, Método V


Não existe nenhum homem bom sem Deus: poderia alguém, sem a sua ajuda, elevar-se acima da sorte?
Séneca, 4 a.C.-65 d. C., filósofo romano, Epístolas a Lucílio


Tu és a própria Verdade, ó meu Deus, minha luz, saúde do meu rosto. Todos querem essa via, a única feliz, essa alegria que se origina na verdade.
S. Agostinho, 354-430, teólogo e filósofo do cristianismo, Confissões


Não há salvação fora da igreja.
S. Agostinho, 354-430, teólogo e filósofo do cristianismo, De Baptismo contra Donatistas  


Comentário
Sentido da vida e pensamento

Ver também:
Felicidade
Vida após morte
Morte



O SENTIDO COMO CRIAÇÃO DA MENTE HUMANA

Para o pensamento laico, é o homem que fixa o sentido da vida, por via das suas opções e valores. Os sentidos (ou a falta de sentido) são criações puramente humanas.


O homem está abandonado na Terra, no meio das suas infinitas responsabilidades, sem ajuda, sem outros objectivos que não os que ele estabelece a si mesmo.
Jean Paul Sartre, 1905-1980, filósofo e escritor francês, Being and Nothingness


A vida nada é até ser vivida. Mas cabe-te a ti dar-lhe um sentido, e esse sentido nada mais é do que o sentido que lhe dás.
Jean Paul Sartre, 1905-1980, filósofo e escritor francês, Existentialism is a Humanism 


O homem é o artífice da sua própria felicidade.
Henry D. Thoreau, 1817-1862, ensaísta americano, Journal  


A vida tem o sentido que lhe damos. Tem a nossa riqueza, o nosso entusiasmo, o nosso orgulho... Ou a nossa covardia.
Miguel Torga, 1907-1995, escritor português, Diário XII


Não tenhas medo da vida. Acredita que a vida vale a pena, e a tua crença ajudar-te-á a criar esse facto.
William James, 1842-1910, filósofo norte-americano, The Will to Believe


O homem é o único animal para quem a existência é um problema que ele tem que resolver.
Erich Fromm, 1900-1980, psicanalista e psico-sociólogo alemão, Man for Himself  


O ignorante menospreza o bem que temos entre mãos, até lho tirarem.
Sófocles, 496-406 a. C, poeta trágico grego, Ajax


Ver também:
Pensamento existencial
A vida é sonho
Humor sobre as nossas vidas

 

O SENTIDO DA VIDA É INSTINTIVO

Alguns autores sublinham o carácter instintivo associado ao sentido que atribuímos à vida. O sentido da vida está dentro de nós: é instintivo e pulsional e ultrapassa as envolventes culturais e sociais

O desejo de viver, existe inteiro e indiviso em cada ser, mesmo no mais insignificante.
Arthur Schopenhauer, 1788-1860, filósofo alemão, Parerga e Paralipomena


Viver é como amar: nenhuma razão o sustenta, só o instinto o apoia.
Samuel Butler, 1835-1902, romancista inglês, Notebooks


A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação.
E. Kant, 1724-1804, filósofo alemão, Fundamental Principles of the Metaphysics of Ethics 


Se não estivéssemos interessados em nós mesmos, a vida seria tão desinteressante que não a suportaríamos.
Arthur Schopenhauer, 1788-1860, filósofo alemão, O mundo como vontade e como representação


Comentário
Sentido da vida e pensamento

Ver também:
Pensamento existencial
A vida é sonho

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O PROPÓSITO DA VIDA


 

Acima: Dalai Lama.
Para o líder Tibetano o sentido da vida está indissociavelmente ligado aos sentimentos de felicidade.

Comentário
Sentido da vida e pensamento


Montaigne conta-nos uma curiosa história, nos seus Ensaios. Uma história envolvendo Pirro, um velho filósofo antigo e as suas reflexões. Uma história envolvendo vários homens e um porco, num navio que enfrenta uma tempestade marítima. Uma história em que os homens perdem a compostura, sofrem com os medos associados à tempestade, enquanto o porco mostra uma indiferença e uma calma superior.

Moral da história: a nossa consciência e inteligência podem ser uma maldição. Ao nos questionamos e tomarmos consciência das nossas fraquezas, da morte, do sofrimento, das desgraças, ficamos infelizes, e o sentido da vida (expresso por sentimentos de harmonia, bem-estar, satisfação, felicidade) diminui ou perde-se.

Noutros termos, na Bíblia, há versos que encerram a mesma conclusão: «Na muita sabedoria há muita arrelia, e o que aumenta o conhecimento, aumenta o sofrimento», diz-se no Eclesiastes, onde também se pode ler: «Não queiras ser excessivamente justo nem demasiado sábio: para quê arruinares-te?»

São versos que podemos recusar, e achar excessivos ou infelizes, mas que não deixam de ter um lado pertinente, ao apontarem para o lado maldito da nossa memória e inteligência. Ele pode perverter e roubar sentido à vida.

A nossa inteligência leva a que nos questionemos, nos interroguemos, e a consciência dos nossos males e fragilidade podem levar à tristeza, à angústia existencial.

Só que… negarmos o nosso pensamento é negarmos a nossa própria dignidade. A minha dignidade segue a direcção do meu pensamento, disse Pascal, a propósito. Levar-se à letra as palavras do Eclesiastes ou a conclusão moralista da história do porco de Montaigne, seria cair ao nível de uma vida inferior.

John Stuart Mill responde directamente à história do porco de Pirro e Montaigne, num famoso excerto: «É melhor ser um homem insatisfeito do que um porco satisfeito; é melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um louco satisfeito. O louco e o porco podem considerar o contrário, mas eles apenas podem ver a questão pela sua perspectiva. Só nós, podemos estabelecer a comparação, já que só nós podemos perceber as duas perspectivas.»

Sem inteligência e sentido moral, caímos num mundo puramente mecânico. No extremo, cairíamos num mundo de zombies, onde o sentido da vida se perderia, onde não haveria mal nem bem, nem felicidade nem sofrimento. Como diz Robert Wright, «num imaginário planeta de zombies, destituído de sentido, os Pol Pots e Hitlers e Estalines do mundo seriam incapazes de realizar o mal; por muito destrutivos que fossem, não poderiam infligir sofrimento, evitar a felicidade, afrontar a dignidade». 

Seja como for, não somos os seres acéfalos referidos por Robert Wright, nem estamos próximos da vida de outras espécies animais. Somos seres dotados de inteligência e consciência, e, por isso, seres que oscilam entre a felicidade e a infelicidade. O sentido das nossas vidas acaba, em parte, por depender da nossa consciência, inteligência, liberdade. Ou, noutro ângulo, das nossas escolhas, dos nossos valores, das nossas opções, das nossas crenças.

Naturalmente, há também um elemento determinista que não podemos minimizar e que mergulha no fundo na natureza da nossa mente e dos equilíbrios do nosso corpo. Os nossos «estados psicológicos de exaltação estão ligados ao optimismo, os estados depressivos ao pessimismo e, quando passamos de uns aos outros, o nosso mundo torna-se ora um mundo de miséria, fracasso e tragédia, ora um mundo de bem-estar, plenitude e felicidade» (Edgar Morin). Por outras palavras: há transmissores químicos que comandam os nossos estados psicológicos…

É certo que esses transmissores químicos dependem em parte de nós, do ambiente em que vivemos, na medida em que podem ser activados ou desligados por via das nossas filosofias de vida e pelos valores que escolhemos, e pelos pensamentos positivos ou negativos que temos. Nesta perspectiva, a amizade e o amor que conseguirmos criar nas nossas vidas, ou a nossa eventual crença em Deus, ou a nossa forma de viver a arte, ou outros factores, podem dar sentido à vida – ao activarem os transmissores neuro-cerebrais que nos conferem os sentimentos de felicidade.

Mas esses transmissores químicos também se podem sobrepor aos ambientes que nos rodeiam ou que nós criamos, sem o consigamos evitar. E podem fazê-lo, num sentido positivo, dando-nos uma satisfação, uma plenitude, uma harmonia, que é independente das condições em que vivemos. Ou num sentido negativo, associando-se a certas doenças e desequilíbrios químico-cerebrais, geradores de psicoses e estados psicológicos depressivos, ou, mais simplesmente, insatisfação e ansiedade.
E a assim ser, a vida perde ou ganha sentido através dos transmissores químicos que pulsam no nosso cérebro
...

 

 




 


 

 

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