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PENSAMENTOS
SOBRE O AMOR |
O AMOR DÁ SENTIDO À VIDA
O sentido da vida
Apenas há uma forma de se ser feliz na vida: amando e sendo
amado.
George Sand, 1804-1876,
escritor francês, Carta a Lina Calamatta
Apenas a alma que ama é feliz.
J. W. Goethe, 1749-1831,
escritor alemão, Egmont
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não
tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Bíblia, Carta aos Coríntios
Ainda que tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e
toda a ciência, ainda que tenha uma fé capaz de transportar
montanhas, se não tiver amor, nada sou.
Bíblia, Carta aos Coríntios
Nós, seres humanos, somos animais dependentes do amor.
Humberto Maturama, citado
por E. Morin em Método V
O amor dá-nos o êxtase psíquico, e dá-nos o êxtase físico.
E. Morin, sociólogo e
filósofo francês, Método V
A poesia da vida, com o amor que ela integra e que a integra, é
a única resposta à morte.
E. Morin, sociólogo e
filósofo francês, Método V
O amor faz-nos suportar o destino, faz-nos amar a vida.
E. Morin, sociólogo e
filósofo francês, Método V
O amor é a grande poesia no seio do mundo prosaico moderno.
E. Morin, sociólogo e
filósofo francês, Método V
Pode-se dizer que o amor é amizade sem freios.
Séneca, filósofo e politico
romano, Epístolas a Lucílio
Ao mamarmos ao peito da nossa mãe, provámos não apenas o seu
leite mas também amor - o amor suficiente para sabermos que é a
única coisa que nos pode satisfazer e que nos faltará para
sempre.
A. Compte-Sponville,
filósofo francês, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes
As duas asas das nossas almas, imunes a qualquer golpe de vento,
são o amor verdadeiro e a fé.
Atribuído a
Stanislas-Xavier Touchet, 1848-1926, religioso francês
A vida é semeada por esses milagres que só as pessoas que amam
podem esperar.
Marcel Proust, 1871-1922,
escritor francês, À Sombra das Jovens Raparigas em Flor
No Tibete, costumamos dizer que muitas doenças podem ser curadas
com a medicina do amor e da compaixão.
Dalai Lama, líder político
e espiritual tibetano, Voices from the Heart
Nenhum objecto material, por muito belo ou valioso que seja, nos
faz sentir amados.
Dalai Lama, líder político
e espiritual tibetano, Voices from the Heart
Quando sentimos amor e simpatia pelos outros, isso faz não
apenas com que os outros se sintam amados e estimados, como
também ajuda a desenvolver sentimentos internos de paz e
felicidade.
Dalai Lama, líder político
e espiritual tibetano, Voices from the Heart
A necessidade de amor faz parte da nossa existência humana, e
resulta da rede de dependência que nos une aos outros.
Dalai Lama, líder político
e espiritual tibetano, Voices from the Heart
Vejo Deus em todos os seres humanos. Quando lavo as feridas do
leproso sinto que estou a cuidar do próprio Deus.
Madre Teresa de Calcutá,
1910-1997, missionária, Guardian 6/9/97
Comentário
Ver também:
Poemas sobre a Vida
Vida e Amizade
Felicidade
Filosofias de Vida
Idade e Sentido da Vida
Retornar ao topo - A vida é ilusão
Home - Sentido da Vida
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AMOR E SENTIDO DA
VIDA |
Acima:
pormenor de pintura hindu:
Shiva e a sua família.
Comentário
Formas de amor
Necessitamos de amor. Ele dá sentido às nossas vidas. É o
combustível que nos anima. Sem ele é difícil suportar o destino,
ou amar a vida, como diz Morin.
O amor é-nos intrínseco, e, de
acordo com certa visão científica, ele é o herdeiro de um certo
sonho bacteriano: o sonho remoto de qualquer bactéria em se unir
e fundir com outra.
O amor transmuta-nos,
transforma-nos, ou afunda-nos (na sua falta). É ele que,
inclusivamente, está na base de alguns dos nossos ódios, e de
muitos crimes: por amor a uma certa ideia de Deus e a verdades
religiosas interpretadas de forma estreita, encerrando uma
concepção pobre do homem e da vida, os fundamentalistas
muçulmanos cometeram morticínios como os do 11 de Setembro e do
11 de Março.
O terrorismo e o ódio podem ser
formas pervertidas de amor. O amor frustrado, e tudo o que se
opõe ao amor, tornam-se facilmente objecto de ódio. O amor
esconde-se nos mais diferentes níveis da nossa existência e da
nossa procura de felicidade e plenitude, e assume, por isso,
diferentes formas, conteúdos e graus.
Há o amor a ideias, a projectos e
a ideais. Há o amor a Deus: «Tarde te comecei a amar, meu Deus,
minha Beleza tão antiga e tão nova, tarde te comecei a amar» (S.
Agostinho).
Há o amor de mãe, de pai, de
filho, o amor familiar, com tudo o que ele tem de intenso, de
visceral, de profundo e autêntico…
Há o amor fraternal, expresso em
solidariedade e simpatia para com os outros: «Quando sentimos
amor e simpatia pelos outros, isso faz não apenas com que os
outros se sintam amados e estimados, como também ajuda a
desenvolver sentimentos internos de paz e felicidade» (Dalai
Lama).
Há, inclusivamente, o amor a todas
as criaturas, ao mundo, aos animais, de que S. Francisco de
Assis é talvez o expoente maior: «Quis tratar os silenciosos
animais, por mais pequenos que fossem, pelos nomes de ‘irmão’ e
‘irmã’, reconhecendo neles a mesma origem que a sua» (S.
Boaventura).
Mas o amor mais cantado, e que
mais comentários atrai, envolve a paixão amorosa, o
enamoramento, o amor entre homem e mulher, com todo o
encantamento, poesia, grandeza, excepcionalidade, que pode
conter.
É esse o amor que nos leva a «ver
o mundo com outros olhos», e a ver formas de «beleza superior» (Santayana).
É a ele que se associa o mundo da «poesia», contraposto ao
«mundo da prosa» (Rimbaud).
É ele que «enfeitiça os leões
caçadores da montanha, os animais do mar, o homem e todas as
criaturas que a Terra alimenta» (Eurípedes).
É a ele que Shakespeare se refere
em Uma Noite de Verão, quando diz que «Amantes e loucos têm
cérebros tão fervilhantes, tão cheios de fantasias, que superam
tudo o que a fria razão pode entender».
É essa a grande forma de amor
cantada ou analisada por poetas e romancistas, presente na
Bíblia, no Cântico dos Cânticos («Os teus dois seios são dois
filhotes gémeos de gazela, que se apascentam entre os lírios».
«Quero ir ao monte da mirra e à colina do incenso. Toda bela és
tu, ó minha amada, e em ti defeito não há»), ou presente nas
grandes sagas medievais, como a da Lancelote e de rainha
Genebra.
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